domingo, 7 de novembro de 2010

... és responsável por aquilo que cativas...

Gente, acabei de ler o livro O Pequeno Príncipe; É um livro incrível, podemos aprender muitas coisas, com um livro que parece "histórinha de criança".
Pude me identificar com algumas situações vividas pelo Pequeno Príncipe, mas a frase "és responsável por aquilo que cativas" me impactou. Logo ao lado, você poderá ler um trecho do livro, no quadro:  Para refletir. É impressionante ver como vivemos essa situação no nosso dia-a-dia. Estamos tão preocupados com os problemas, e sempre correndo, que esquecemos de cativar as pessoas, e muitas vezes aquelas que cativamos, deixamos morrer logo após.
Vivemos em um mundo onde os divórcios tem aumentado a cada dia, os pais cada dia mais distântes dos filhos, consequentemente, mais rebeldia, drogas, anorexia, bulemia, etc... As pessoas não tem mais tempo de cuidar daquilo que realmente tem valor. E falo isso com conhecimento de causa.
Eu era uma pessoa que sofria da síndrome da pressa; Não tinha tempo para nada, só vivia correndo, e junto com a minha corrida, o tempo também correu. Quando o Gu nasceu, precisei parar, más parei dentro de um hospital com o Gu na UTI; Fiquei um longo tempo, só escutando aqueles aparelhos apitando, o soro gotejando, e eu esperando os medicamentos fazerem efeito, enquanto uns chegavam e outros partiam, alguns para uma melhor, e outros para uma pior...
Tive muito tempo para pensar na vida, e descobri que não era aquela vida que queria pra minha família. Precisei renunciar muitas coisas, muitos projetos onde na maioria das vezes eu era a pessoa beneficiada. Meu filho mais velho crescia enquanto eu trabalhava e estudava. Hoje sofro por ter perdido os melhores momentos da sua infância, não tenho muitas lembranças, nem ele de mim. Isso dói muito, pois sei que foram momentos únicos, e não voltaram, os primeiros passos, o primeiro dentinho, as primeiras palavras...
Más hoje tudo é diferente. Posso acompanhar meu pré-adolescente (é assim que ele se define), em uma fase maravilhosa, onde ele tem sua opinião própria, seus princípios sendo formados, e muitos sonhos sendo contruídos dia após dia. O Gu, é uma criança maravilhosa, graças a Deus, e pode ter minha companhia por perto sempre. Meu esposo, agradece essa minha presença, ele acha o máximo ser cuidado pela esposa, sabe?, aquelas coisa de chegar em casa e achar a esposa e os filhos em casa esperando pra jantar; Eu achava que iria detestar essa rotina, más não deixamos virar rotina. Acho isso maravilhoso, e a cada dia amo muito mais minha família, sinto que estou cuidando do que cativei, e sinto-me cuidada.
AMO VOCÊS - MINHA FAMÍLIA - MEU PRESENTE DE DEUS...

Um comentário:

iluska disse...

Que legal, Cris! A primeira vez que li esse livro estava na 4ª série, e marcou muito pra mim. Entretanto, a visão que tive quando li na idade adulta, foi totalmente diferente! Gosto tanto que o Nando me deu um DVD no ano passado.
Me identifiquei em vários momentos, mas principalmente com a Rosa, sempre tão egoísta e exigente!
Ora com o Thom, ora com o Nando...
E senti vergonha quando observei tal semelhança.
Mas achei legal perceber que eu poderia buscar parecer mais com o Príncipe do que com a Rosa.
Temos que nos valorizar, sim! E esse valor é maior ainda quando o obtemos através da abdicação de nosso eu, em favor dos que amamos.
É maravilhoso sentir esse amor in- condicional, comum a nós, mães. Esse amor pelo outro - que achamos ser tão nosso, tão nós mesmas, resume-se a um amor incomparável ao de Cristo, que amou ao mundo e entregou-se por ele, sem exigir nada em troca!
Vale a pena abrirmos mão da vida que o Mercado nos impõe, sim! A preocupação com a realização profissional, imposta pelo Capitalismo às mulheres, gerou uma falsa sensação de impotência àquelas que resolvem seguir a ordem natural, cuidando de seus lares, dos filhos e esposos.
A disputa pelo melhor posto de trabalho, entre homens e mulheres, impede que notem o verdadeiro papel de cada um, dado por Deus!
É importante trabalharmos, ajudarmos nossos esposos, desde que isso não passe a ser nossa prioridade, que não nos leve a um desgaste físico e emocional que não suportemos sequer chegar em nosso lar, após um dia de trabalho árduo.
A Bíblia nos recomenda moderação, e devemos saber que a exploração profissional que sofremos nos cega, deixando em oculto o que é realmente importante!
´
E bom nos perguntarmos eventualmente: O que eu quero de verdade pra minha vida ? Como o meu querer influenciará na vida de quem amo, bem como na de quem PRECISO aprender a amar ?
...